terça-feira, 21 de junho de 2016

Rebelião em presídio de Itaperuna

Rebelião em presídio de Itaperuna

Camilla Silva e Bárbara Cabral
Foto: Reprodução/Blog do Adilson Ribeiro 
Detentos de dois pavilhões do Presídio Diomedes Vinhosa Muniz em Itaperuna iniciaram uma briga que acabou resultando em uma rebelião no início da madrugada desta segunda-feira (20), por volta da 0h. As primeiras informações davam conta de reféns e rebelião, mas segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Itaperuna, Zilmar José Pires, tratou-se de briga entre presos de dois pavilhões. A superlotação do presídio foi confirmada pela Seap, atualmente a unidade de Itaperuna tem 882 detentos quando a capacidade total é de 466 vagas. Familiares se concentraram em frente à unidade e confirmaram, após reunião com representantes da unidade, que apenas três internos sofreram escoriações e foram encaminhados para o hospital.
A Seap informou em nota que nesta madrugada, internos iniciariam um motim na unidade devido a um desentendimento entre presos. A secretaria informou ainda que a coordenação da área, a direção da unidade e o Grupamento de Intervenção Tática (GIT) estiveram no local e a situação foi controlada.
Familiares de detentos disseram que foram informados que alguns presos sofreram escoriações leves, após brigas entre eles mesmos. Disseram ainda que tiveram confirmação de que nenhum preso seria transferido, a não ser que manifestasse essa vontade e que a visitação estaria liberada, normalmente, a partir desta terça-feira (22).
O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Itaperuna, Zilmar José Pires informou que teve uma reunião com participação da direção do presídio, três internos e a Comissão de Direitos Humanos da OAB. “A rebelião começou por conta de rivalidade entre presos de um e outro pavilhão, eles conseguiram arrombar a cela e ter contato físico, então formou-se um tumulto generalizado nesse pavilhão. Durou algum tempo. Os agentes agiram para conter o avanço do tumulto e alguns presos de comportamento neutro a essas rivalidades conseguiram também persuadir os que estavam em luta e aos poucos conseguiram controlar a situação”.
Sobre o atual cenário, Zilmar contou: “Já está tudo calmo, os presos já foram para as celas. Houve danos a duas celas que já estão sendo recuperadas para serem utilizadas novamente. O papel da OAB nesses casos é acompanhar a situação e agir em defesa dos direitos da pessoa envolvida, nesse caso, o preso. São seres humanos. A OAB se preocupa com a pessoa e atua nessa intermediação para que não haja um excesso de força”.
A justificativa diverge do noticiado pelo Blog do Adilson Ribeiro, que afirmou que os detentos reclamam de maus tratos e pedem a troca da diretoria do presídio. Além disso, a presença da OAB teria sido uma exigência dos presos para começar as negocia


Fonte: Folha da Manha Onlinr

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