quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Remoção de areia em pontos da orla marítima em SJB

  Divulgação
Trabalho visa visa facilitar circulação de pessoas e veículos
A secretaria municipal de Meio Ambiente de São João da Barra está retirando a areia que ocupa três pontos da orla marítima, e dificulta a circulação de pessoas e veículos. Os sedimentos, que estão sendo devolvidos ao mar, de acordo com a legislação dos órgãos ambientais, invadiram o asfalto e acessos de diversas ruas, com os ventos fortes comuns nesta época do ano e a falta de chuvas. O trabalho está sendo executado com ajuda em média, de 25 caminhões (cada um tem capacidade para 12 toneladas), na área do antigo prédio do Julinho (rua Nossa Senhora da Penha) e nas proximidades da rua Júlio Valle de Macedo (altura da antiga caixa D'Água), em Atafona, e na orla de Grussaí, nas proximidades da lagoa.
De acordo com o subsecretário da pasta, Jorge Assumpção, a remoção dos sedimentos ocorre durante todo o ano, para desobstruir os acessos. "A região litorânea é por natureza muito dinâmica. As mudanças, que em outros locais são imperceptíveis aos olhos humanos ao longo de uma vida, no litoral ocorrem de maneira muito rápida. O Pontal de Atafona é um exemplo disso. Não é difícil observarmos uma feição num ano e no ano seguinte o local encontrar-se totalmente diferente. Quando essas mudanças afetam o bem estar da população, demandam uma ação do Poder Público que nem sempre tem a capacidade operacional para reagir em tempo. O vento forte e o transporte de areia no litoral ocorre de forma muito intensa principalmente entre os meses de agosto e outubro", explicou. 
A falta de chuvas e os fortes ventos no litoral contribuem para o avanço da areia da praia sobre as áreas urbanas, segundo especialistas. Em alguns trechos, andar sem ter que pisar na areia está quase virando uma "missão impossível". Moradores, pedestres e ciclistas reclamam do desconforto no trajeto. "A natureza está fazendo o papel dela, porque é o lugar dela. E a gente vê que a preservação está sendo feita, porque ela (a areia) está sendo devolvida ao mar", contou a dona de casa, Antônia Dantas.
Em outras vias próximas e nas maiores de circulação de pessoas e veículos, a retirada é feita pelas equipes de limpeza que fazem a varrição diariamente, auxiliadas por soprador, cem vezes mais eficiente do que as vassouras na remoção da areia acumulada no calçadão de pedras portuguesas da avenida Liberdade. "A gente faz a nossa parte, mas não adianta nada não. O vento ajuda a carregar a areia. A gente está contando com a chuva para ver se dá uma melhorada", disse um comerciante da orla de Grussaí, que não quis se identificar. 
O subsecretário Jorge Assumpção lembrou que o fenômeno não é exclusividade de São João da Barra. "No Nordeste brasileiro várias localidades foram soterradas pelas dunas móveis transportadas pelo vento. No nosso caso temos duas situações que são, a movimentação  de areia e o avanço do mar. O avanço do mar para ser contido depende de investimentos vultuosos e que poderiam a longo prazo minimizar o transporte de areia próximo às casas, uma vez que retificaria o litoral a maior distância. A vegetação de praia é um importante aliado na contenção da areia, entretanto, os veículos que transitam irregularmente pela praia impedem o crescimento dessa vegetação agravando o problema. Desta forma o poder público, além de coibir o trânsito de veículos na praia, vem adotando uma medida paliativa ao remover a areia que vem cobrindo sistematicamente o asfalto no litoral. Cabe ressaltar que dunas são objeto de preservação ambiental em detrimento de estarem ou não avançando sobre as casas. Porém, o serviço de remoção da areia do asfalto vem sendo realizado de forma urgente amparado em despachos judiciais que o autorizam, para que se possa garantir o fluxo dos cidadãos", disse.
Erosão -  Estudos científicos apontam que o litoral do Rio de Janeiro se divide em três grandes compartimentos. No segmento oriental, que se estende do limite com o Espírito Santo ao Cabo Frio é amplamente dominado pela orla da planície geral, de fragilidade da linha de costa. Na margem direita da desembocadura do rio Paraíba do Sul apresenta em pequeno trecho o mais intenso fenômeno erosivo de todo o litoral do Estado, seguido, logo ao Sul, por um trecho com tendência de progradação. Ao Norte da desembocadura, até o rio Itabapoana, um embaiamento parcialmente protegido pelo litoral protuberante do Espírito Santo apresenta fenômenos erosivos localizados especialmente em pequeno trecho de falésias sedimentares ativas.

 Fonte Ascom
Fonte: Ururau

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