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"Guarda não pode substituir PM", diz candidato à reeleição em Fortaleza
Renato Sousa
Colaboração para o UOL, em Fortaleza
- Jarbas Oliveira/UOL
A proposta do uso de armas de fogo pela Guarda é um dos carros-chefes da campanha do adversário do trabalhista, o deputado estadual e reservista da PM Capitão Wagner (PR).
Segundo levantamento do Datafolha, divulgado pelo jornal "O Povo", mais de 70% dos entrevistados apoiam a ideia, pauta antiga dos próprios agentes de segurança. O prefeito afirma ter encomendado estudo sobre o tema antes de se decidir sobre o assunto, mas diz que os resultados preliminares apontam que "o debate essencial não é esse", e sim o investimento em tecnologia e intervenções em áreas problemáticas.
Entretanto, Roberto Claudio diz que há muito que pode ser feito pela prefeitura no campo da segurança. "Eu dupliquei o efetivo da Guarda nesses quatro anos e pretendo contratar mais mil profissionais", afirma. Segundo o prefeito, Fortaleza passará a ter o maior efetivo per capita entre as capitais.
Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira (14), Claudio tem 51% das intenções de voto no segundo turno contra 38% de Wagner. No primeiro turno, Claudio teve 40,81% dos votos válidos, enquanto Wagner ficou com 31,15%.
O prefeito afirma que, apesar de reconhecer a importância do tema, segurança não pode ser o único assunto da eleição. "Segurança tem sido tema principalmente do meu adversário."
Ele, entretanto, diz que um dos motivos para a escolha de seu vice, o deputado federal Moroni Torgan (DEM), foi justamente a área da segurança pública. Moroni, que é policial federal, foi vice-governador de Tasso Jereissati (PSDB) entre 1995 e 1998, quando comandou o Sistema Integrado de Defesa Social. O atual diretor-geral da Guarda, Edgard Fuques, foi secretário de Segurança no período.
Roberto Claudio destaca que a segurança não pode ser tratada apenas com uso de policiais ou guardas municipais. Ele afirma que a gestão investe em intervenções em áreas violentas --como urbanização de favelas, iluminação pública e políticas voltadas para juventude-- como forma de combate à criminalidade. "Dessa forma, você muda a questão urbana", explica.
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