terça-feira, 27 de setembro de 2016

Caixa d'água de Atafona será demolida

Arnaldo Neto e Bárbara Cabral
Foto: Aluysio Abreu Barbosa

A Defesa Civil de São João da Barra notificou a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e aguarda resposta até a próxima sexta-feira (30), para acertar a data de demolição da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Atafona. Referencial da localidade, o reservatório, localizado na rua João Batista de Almeida – mais conhecida como “rua da caixa d’água” – está interditado desde quinta-feira (22), devido ao risco iminente de desabamento. No entanto, o abastecimento está garantido e vem sendo feito a partir de um poço aberto pela Cedae, na chegada da praia.

Segundo o Coordenadora de Defesa Civil de São João da Barra, Felício Valiengo, o órgão está aguardando a entrega de uma documentação da Cedae para acertar os últimos detalhes e definir a data de demolição do imóvel.

– Com a chegada da frente fria que veio do Sul, nesse início de primavera, existem dois fenômenos naturais que, juntos, contribuem para que as águas se aproximem ainda mais da caixa d’água: o vento e uma maré conhecida como “maré de lua nova”, que causa ondulações no mar. Isso aumenta o risco de desabamento e, por isso, solicitamos a demolição imediata do reservatório –, informou Felício
Felício ressatou, ainda, que os responsáveis pelo imóvel terão um prazo de sete dias a contar da data de recebimento do termo de interdição para providenciar a demolição e a retirada dos entulhos. Eles também devem comparecer à Defesa Civil, para apresentação do laudo sobre as ações implementadas. "O não cumprimento do termo de interdição resultará em pena de ação coercitiva, que consiste em demolição e reparação pelo poder público municipal",  explicou.

A estação, construída no final dos anos 60 foi ampliada com o crescimento populacional da praia com novos reservatórios, para dar suporte ao grande número de imóveis que começaram a surgir. Ela se encontra em área de erosão costeira classificada como área de risco muito alto, e vem sendo bastante castigada com as ressacas do mar ao longo dos anos. Em matéria publicada no dia 20 de julho, aFolha falou sobre a possibilidade de interdição e posterior demolição do imóvel.
Fonte: Folha da Manha Online

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